RIO - O ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, voltou a comentar sobre a decisão do governo de incentivar a Petrobras a elevar sua participação na produção brasileira de etanol dos atuais 5% para em torno de 12% a 15% em um período de quatro anos. "O fato é que nós precisamos produzir mais etanol e a Petrobras se transformará em um regulador de mercado. Não podemos mais passar pelos sobressaltos que passamos este ano", afirmou Lobão. "Mas há uma previsão de que a cada ano isso possa acontecer se não houver um ingresso maior na produção do etanol. É o que nós vamos fazer", acrescentou.
De acordo com o ministro, a decisão vai ao encontro com os desejos do governo de elevar a atual produção brasileira de etanol, dos atuais 28,5 bilhões de litros para em torno de 60 bilhões de litros até 2019. O ministro informou que a estatal está desenvolvendo um plano para elevar sua participação na produção brasileira do combustível.
Lobão negou que um aumento na participação da Petrobras na produção brasileira de etanol vá prejudicar a organização do plano de investimentos da empresa para os próximos anos. "Não vai prejudicar porque na medida em que ela sentir a necessidade de recursos para o cumprimento desta tarefa ela os terá", afirmou o ministro. Ele informou que o governo ainda não sabe qual seria o acréscimo necessário de investimentos para elevar a participação da empresa na produção brasileira de combustível. "A Petrobras está calculando (o investimento necessário) para levar ao governo", afirmou.
O ministro participou hoje de cerimônia de posse de representantes do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), e do Conselho da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) no Rio de Janeiro.
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