RIO DE JANEIRO - A energia eólica entrou em um circulo virtuoso no Brasil e vem se firmando cada vez mais como alternativa para geração elétrica, avaliou o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, ao avaliar o grande número de projetos desse segmento inscritos para o leilão A-3 e de energia de reserva, previstos para julho.
Segundo Tolmasquim, a cada leilão mais projetos eólicos são inscritos e com isso o preço de produção tem caído, o que atrai outros investidores.
"É um círculo virtuoso, o preço cai e você tem a possibilidade de contratar mais", disse o executivo após palestra no Gas Summit Latin America 2011 nesta terça-feira.
"Existem várias empresas se instalando aqui e o Brasil pode virar uma plataforma de exportação (de equipamentos eólicos) para a América Latina", avaliou.
Tolmasquim chamou a atenção também para o grande volume de projetos de termelétricas a gás natural inscritas para o próximo leilão. Ele credita o volume de projetos a gás às grandes descobertas feitas no segmento.
"Muitas térmicas a gás se inscreveram para o leilão (A-3), vamos ver se elas ficam competitivas", disse.
Para o presidente da EPE, o leilão A-3 vai ter uma grande disputa entre tecnologias e os vários segmentos inscritos. "Vai ser um leilão interessante, uma disputa de tecnologias e ao segmentos da geração", afirmou.
O executivo informou ainda que para o leilão A-5, que será composto por hidrelétricas, a tendência é reunir as cinco pequenas hidrelétricas do rio Parnaíba para licitar em pacote.
"Vão sair as licenças e elas (usinas do Parnaíba) vão entrar, são cinco usinas, duas ainda não tem licença, mas vão conseguir, o licitante levaria o pacote com as cinco usinas, juntas elas ficam mais atraentes", disse Tolmasquim, lembrando que no leilão anterior duas dessas usinas não receberam oferta.
Segundo Tolmasquim, o A-5 deverá negociar cerca de 2.100 megawatts de energia hidrelétrica de entre 12 e 15 projetos.
(Por Denise Luna)
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