quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

São Martinho bate recorde de moagem


Fabiana Batista | De São Paulo
01/12/2010

Anna Carolina Negri/Valor


 
 
"Nos superamos mais uma vez em processamento de cana e em fabricação de açúcar", afirmou o presidente do grupo São Martinho, Fábio Venturelli
Reconhecida no mercado por seu desempenho operacional, o grupo sucroalcooleiro São Martinho mais uma vez comemora um recorde de moagem na usina batizada com seu nome em Pradópolis (SP), a "menina dos olhos" do grupo. Mesmo com mais um ano de clima adverso - desta vez foi o excesso de seca e não de chuva como no anterior -, a unidade São Martinho, considerada a maior do mundo, moeu nesta temporada 8,4 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, volume 4,94% maior do que as 8,004 milhões de toneladas processadas na temporada anterior, o recorde anterior.
A performance da unidade industrial representou 64% do produzido pelo grupo, que finalizou no último domingo o processamento de 13,1 milhões de toneladas - 1,6% a mais do que no ciclo 2009/10. Fábio Venturelli, presidente da São Martinho, explica que o diferencial da empresa foi ter um canavial equilibrado (idade da cana cultivada) em tempos em que o segmento sucroalcooleiro como um todo investiu pouco na parte agrícola.
"A seca nos possibilitou avançar na colheita. No entanto, conseguimos administrar os trabalhos de forma a não encontrar canaviais muito jovens", afirma Venturelli.
Ele acredita que, se não fosse a forte seca que assolou todo o Centro-Sul, a moagem da usina São Martinho nesta safra poderia ter atingido 8,5 milhões de toneladas.
Essa é a segunda safra consecutiva em que, mesmo com clima adverso, a usina São Martinho consegue bater recordes de moagem em sua usina. "No ano passado tivemos muita chuva e nesse, muita seca", recorda Venturelli.
Diante da elevada rentabilidade do açúcar, o grupo maximizou a produção da commodity e produziu nesta temporada 24,4% a mais do que na safra passada. Foram 873,4 mil toneladas do produto, das quais 654,4 mil toneladas somente da usina São Martinho. Ao final da safra em todo o Centro-Sul e após a consolidação dos dados de todas as usinas, possivelmente essa será também a maior produção nacional de açúcar de uma única unidade industrial. "Na empresa, já é novamente um recorde. O anterior foi de 702 mil toneladas, na safra passada", diz o executivo. A produção de etanol de todo o grupo foi de 565,4 milhões de litros, queda de 4,8% em relação ao realizado no ciclo anterior.
As outras duas unidades industriais da São Martinho, a Iracema (SP) e a Boa Vista (GO), moeram, juntas, 4,7 milhões de toneladas de cana nesta temporada, em fase final.
Na próxima temporada, a unidade goiana já estará fora da estrutura do grupo São Martinho e incorporada à Nova Fronteira Bioenergia, empresa criada a partir da joint venture com a Petrobras.
As previsões de moagem da próxima temporada ainda não foram fechadas, segundo Venturelli. "Mas teremos um perfil parecido com esse, ou seja, mais açucareiro", adianta Venturelli.

Fonte: Valor On Line

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