segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

BP, Cosan e Noble disputam a Cerradinho


15 de dezembro de 2010 | 9h 31

AE - Agencia Estado

SÃO PAULO - As negociações para a compra da produtora de açúcar e etanol Cerradinho estão perto de um desfecho. Até a noite de ontem, três grupos participavam das conversas. Eram eles a British Petroleum (BP), a Cosan e o Noble Group, um dos maiores comerciantes de commodities do mundo, com sede em Hong Kong.
Há cerca de quatro meses, a Cerradinho negociava apenas com a BP, mas o período de exclusividade nessas negociações se encerrou na última sexta-feira. Já no fim de semana os novos interessados entraram no processo. Com o acirramento da competição, o ritmo das conversas acelerou. Nos últimos dois dias, os credores da Cerradinho foram informados da mudança nas negociações.
Até ontem, porém, a BP continuava na disputa, com a proposta de fazer uma associação e adquirir 50% do capital da Cerradinho. Já a Cosan ofereceu a compra da totalidade das ações da empresa. De acordo com estimativas do setor, se esse fosse o caso, o negócio seria fechado em cerca de R$ 2,5 bilhões.
No caso do Noble Group, a intenção era adquirir apenas as usinas de São Paulo. As unidades estão localizadas em Catanduva e Potirendaba. A usina localizada em Chapadão do Céu (GO) continuaria com a família Fernandes, atual controladora da Cerradinho. Essa é a alternativa que mais agradou à matriarca da família, já que os Fernandes manteriam sua presença já tradicional no setor sucroalcooleiro.
O grupo Cerradinho passou a buscar um sócio no início do ano, depois que foi concluído o processo de renegociação de dívida de curto prazo e após a reestruturação societária, que separou os ativos de açúcar, álcool e cogeração de energia dos demais negócios da família Fernandes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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