Christopher Martin | Bloomberg, de Nova York
03/12/2010
A capacidade mundial de geração baseada em energia solar poderá chegar a 980 gigawatts até 2020, à medida que governos em todo o mundo buscam reduzir o consumo de combustíveis fósseis e reduzir as emissões de gases que provocam o efeito estufa, segundo um grupo de associações de energia renovável.
O desenvolvimento de projetos de energia elétrica de fonte fotovoltaica e térmica solar reduzirá as emissões de dióxido de carbono em cerca de 570 milhões de toneladas ao longo da década, o equivalente a desligar 100 usinas a carvão ou a tirar 110 milhões de carros das ruas, segundo um relatório divulgado em Cancun, México, ontem, pela Solar Energy Industries Association, sediada em Washington.
O relatório foi divulgado no momento em que enviados da ONU em Cancun consideram a possibilidade de estender o Protocolo de Kyoto (1997), um acordo internacional para reduzir as emissões artificiais de dióxido de carbono, que segundo cientistas contribuem para o aquecimento mundial. O grupo setorial que reúne 21 associações em todo o mundo pediu aos governos que incluam incentivos à energia solar como parte do esforço para enfrentar as mudanças climáticas.
"O capital necessário para produzir essa capacidade de geração é avassalador", disse Nancy Hartsoch, vice-presidente de marketing da SolFocus Inc., de Palo Alto, fabricante californiana de painéis concentradores fotovoltaicos. "E em virtude de a energia de fonte solar não ter atingido uma paridade na rede de energia elétrica na maioria das regiões, esse tipo de implantação exige políticas mais fortes do que estão hoje em vigor."
Os grupos atuantes no setor de energia deverão discutir seu relatório - que inclui perfis de desenvolvimento para 20 países e a União Europeia -, durante uma apresentação na segunda-feira em Cancún.
No caso dos EUA, um aumento da capacidade de geração solar total para 139 gigawatts, como prevê o relatório, seria responsável por 4,9% da produção total, criaria 683 mil empregos e ajudaria a reduzir o custo da eletricidade dos atuais US$ 5,71 por watt para US$ 2,32.
Nenhum comentário:
Postar um comentário