Ao completar 100 anos de fundação, o Grupo Suzano deverá ter um perfil bastante diferente daquele que exibia até o início de 2010. Ao menos é o que pretende o planejamento estratégico 2024, resultado de dois anos de trabalho e pesquisas que contaram com o apoio da consultoria McKinsey. "Foram 18 meses de trabalho que nos levaram à definição de objetivos como buscar o crescimento sustentado da Suzano Papel e Celulose, bem como novos focos de crescimento", conta o vice-presidente da Suzano Holding, Claudio Sonder. "Não é de se surpreender se houver outras aquisições."
Em linha ao plano, a Suzano já anunciou a construção de duas novas fábricas de celulose branqueada de eucalipto, com investimentos de US$ 4,6 bilhões (sem considerar o orçamento para a área florestal). Ainda na área da Suzano Papel e Celulose, fechou a compra da totalidade do Conpacel e ficou com os 50% que eram da Fibria, por R$ 1,45 bilhão, e da distribuidora de papéis KSR.
No ano passado, adquiriu também a britânica FuturaGene, de biotecnologia, por US$ 82 milhões. E lançou a Suzano Energia Renovável, que vai produzir "pellets" para geração de energia que serão exportados para a Europa. Até 2019, a operação deverá receber aportes de US$ 1,3 bilhão. Neste ano, o grupo anunciou uma parceria com a Helbor para incorporações imobiliárias, a Alden.
Segundo Sonder, não há sinergia operacional entre a nova holding, temporariamente batizada HES, que ficou abaixo da IPLF no organograma do grupo, e a Suzano Papel e Celulose, que está abaixo da Suzano Holding. "O que é comum às operações é a sustentabilidade. Esse é o futuro", afirma. Hoje, a área de celulose e papel corresponde ao principal negócio do grupo, cujo faturamento anual é estimado em R$ 7 bilhões. (SF)
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