Estratégia:
"Em 15 anos estarei com 76 anos. Quero me manter ativo", afirma Ometto.
Em mais de três décadas de labuta na Cosan, quando a empresa ainda nem tinha esse nome, tampouco a atual dimensão, Rubens Ometto Silveira Mello fez a Cosan atingir o inimaginável. Não se tratou apenas do faro afinado para aproveitar oportunidades únicas do mercado, como foi, por exemplo, a compra da NovAmérica, nem somente a visão para antecipar o movimento de consolidação que ocorreria em seguida. Rubinho, como é conhecido, quebrou paradigmas históricos do setor de açúcar e álcool ao se juntar ao "inimigo", comprando os ativos da Esso e se unindo à Shell.
"Seguirei sendo um conselheiro bem ativo. Quero trabalhar motivando novas ideias e construindo estratégias para que a empresa atinja as sinergias propostas", diz. Esse potencial de ganhos com a união de operações é, a valor presente líquido, de R$ 3,4 bilhões.
Açúcar e álcool estarão no foco dos investimentos da empresa nos próximos cinco anos. Em 2015, a moagem de cana deve atingir 100 milhões de toneladas, segundo previsão da companhia, a produção de açúcar deve subir para 6 milhões de toneladas e a de etanol para 5 bilhões de litros.
Com um salário anual de R$ 13 milhões, Rubens não revela o que "vê" à frente. Questionado sobre o direito da Shell de exercer a compra da participação da Cosan na Raízen nos próximos 10 anos ou 15 anos, ele faz as contas: "Estou com 61 [anos]. Daqui 15 anos serão 76. O Roberto Marinho começou a Rede Globo com 65". Estaria ele pensando em um novo negócio aos 76 anos? A resposta é outra pergunta: "Há algo impossível para Rubens Ometto?
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