sexta-feira, 3 de junho de 2011

Bracelpa e Unica pedem 'tratamento isonômico'

A Bracelpa, entidade que representa a indústria brasileira de papel e celulose, e a Unica, que reúne produtores de açúcar e etanol, devem concluir hoje a redação de um documento, que será encaminhado ao governo federal, com propostas para o debate sobre a restrição da compra de terras por empresas estrangeiras. O objetivo é abrir portas para a discussão do tema entre representantes da indústria florestal e o Executivo.

A principal reivindicação das entidades, que buscam o apoio da Associação Brasileira de Florestas Plantadas (Abraf), é a de que os investimentos em terras com finalidade produtiva sejam tratados de maneira isonômica, independentemente da origem dos recursos que serão aplicados no projeto.

"Se uma empresa de capital estrangeiro tem CNPJ brasileiro, ela deveria poder investir na área florestal", defende a presidente da Bracelpa, Elizabeth de Carvalhaes. Outra alternativa seria a aplicação do conceito de reciprocidade: se uma nação proíbe a compra de terras por estrangeiros, o país responderia de maneira equivalente. "Essa é uma visão da Bracelpa, mas que poderia ser avaliada", diz ela.

A estimativa do setor florestal é de que entre US$ 7 bilhões e US$ 8 bilhões em recursos que seriam aplicados em terras e plantio no país estão represados em razão do parecer da AGU que limitou a compra de terras por estrangeiros. Na indústria de celulose e papel, companhias como International Paper (IP), maior fabricante de papéis dos EUA, e a sueco-finlandesa Stora Enso já demonstraram preocupação com as novas regras e cogitam a suspensão de investimentos caso o parecer seja mantido.

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