De acordo com o presidente da Unica, desde 2006 a gasolina permanece praticamente estável enquanto os preços do etanol são voláteis e oscilam de acordo com a oferta e demanda
SÃO PAULO - O presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Marcos Jank, ressaltou hoje, durante abertura do Ethanol Summit, que é preciso restabelecer a competitividade do etanol combustível em relação ao preço da gasolina, que é administrado pelo governo. De acordo com ele, desde 2006 a gasolina permanece praticamente estável enquanto os preços do etanol são voláteis e oscilam de acordo com a oferta e demanda.
Jank recordou que durante os últimos cinco anos os preços do etanol hidratado ficaram competitivos praticamente todo o período em relação à gasolina. Segundo ele, foi apenas a partir de 2008, quando os preços do etanol caíram abaixo do custo de produção do setor, que as usinas buscaram equilibrar seus ganhos com a produção de açúcar.
"Sem o etanol, o consumidor brasileiro teria gasto R$ 20 bilhões a mais com a utilização de gasolina desde os anos 70", disse. O presidente da Unica salientou também que, agora, além do etanol, do açúcar, e da cogeração, o setor parte para outros desafios, com investimentos em outros segmentos, como o bioplástico e produtos de biohidrocarbonetos produzidos a partir da cana, além do biobutanol e do etanol de segunda geração.
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou, em seu discurso de abertura, que o banco está pronto para apostar nos investimentos do setor em novos produtos químicos.
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