Segundo Mercadante, a gestão da Embrapi ficará com o setor privado para tornar as operações mais ágeis
Financiada por parceria público privada, a “Embrapi” reunirá centros de tecnologia já existentes para apoiar empresas de menor porte.
O ministro da Ciência e Tecnologia, Aloízio Mercadante, anunciou nesta sexta-feira (17/6), em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a criação de um órgão semelhante à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com a função de impulsionar a inovação da indústria brasileira.
"O objetivo é prestar suporte de pesquisa tecnológica para as pequenas e médias empresas, para que elas possam ter a inovação como uma estratégia de desenvolvimento de seus negócios", afirma Robson Braga de Andrade, presidente da CNI.
Financiada por parceria público privada, a ideia é reunir os centros de excelência em pesquisa tecnológica já existentes sob o mesmo guarda- chuva.
Como exemplo, há as unidades do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Instituto de Pesquisa Tecnológica (IPT) de São Paulo, Instituto Nacional de Tecnologia (INT) do Rio de Janeiro e Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro).
A Empresa de Pesquisa e Inovação Tecnológica da Indústria, a "Embrapi", deverá firmar parceria com o Instituto Fraunhofer, da Alemanha, um dos maiores centros tecnológicos do mundo.
Braga prevê um capital inicial de cerca de R$ 50 milhões. "O importante é que ela tenha a capacidade de fazer gestão de fundos setoriais e privados que estejam interessados no investimento em empresas inovadoras. Esses fundos teriam valores muito mais elevados do que o aporte inicial".
Segundo Mercadante, a gestão da empresa ficará com o setor privado para tornar as operações mais ágeis. "O governo teria o poder de vetar orçamentos de determinadas operações".
O ministro afirma que as ideias gerais foram apresentadas hoje e serão amadurecidas para que, no próximo dia 27, em uma nova reunião técnica, o projeto seja concluído.
Braga espera o funcionamento da empresa já no segundo semestre deste ano. "Temos uma urgência muito grande, as ações têm que ser imediatas".
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