Tradicional polo sucroalcooleiro, Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) não tem mais usinas de açúcar e etanol em atividade. O esvaziamento ocorre num momento crucial do setor, que busca equilíbrio entre oferta e demanda do combustível.
Única remanescente na cidade, a Usina Galo Bravo encerrou as atividades junto com a última safra envolvida em escândalos e uma dívida estimada em R$ 450 milhões.
Única remanescente na cidade, a Usina Galo Bravo encerrou as atividades junto com a última safra envolvida em escândalos e uma dívida estimada em R$ 450 milhões.
Atualmente, a unidade está sob responsabilidade da Copercana (Cooperativa dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo), que acionou a Justiça para receber os débitos do comércio de cana por anos.Para especialistas, a situação reforça a necessidade de mais cana e usinas para suportar a demanda.
Na semana passada, um estudo da FEA/USP identificou a necessidade de ao menos 15 novas usinas produtoras exclusivamente de álcool para conseguir aumentar a oferta de etanol e evitar uma alta histórica no preço.
Segundo o professor responsável pelo estudo, Marcos Fava Neves, para essas usinas, são necessários cerca de 60 milhões de toneladas de cana. "O setor perde uma grande oportunidade em não acompanhar essa expansão da demanda", disse.
Segundo ele, o deficit anual de etanol no Brasil é de 5 bilhões de litros.
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