quinta-feira, 7 de abril de 2011

Presença do governo em combustível dificulta mercado futuro do álcool

Uma das saídas para o setor de álcool é o desenvolvimento de um mercado futuro para dar liquidez às negociações no setor.

O novo contrato de etanol hidratado com liquidação financeira da BM&FBovespa está no caminho certo, mas ainda longe do ideal, quando se trata de volumes, dizem analistas.


Os contratos negociados em março, quando projetados para 12 meses, correspondem a apenas 20% da safra nacional. O ideal seria uma negociação de pelo menos cinco vezes a safra, segundo Arnaldo Luiz Corrêa, diretor da Archer Consulting.


Um avanço das negociações no mercado futuro passa, no entanto, "por mais maturidade do governo", diz.


A intervenção governamental no setor torna difícil a participação de especuladores -que dão maior liquidez ao sistema-, principalmente porque os preços do álcool estão limitados a outra commodity: a gasolina.


A participação do governo na formação dos preços da gasolina limita os do etanol, dificultando a entrada de negociadores nesse mercado e impedindo investimentos, segundo Corrêa.


Os contratos futuros e de opções negociados na BM&FBovespa atingiram 9.584 no mês passado, 56% mais do que em fevereiro.


O movimento financeiro atingiu R$ 338 milhões em março, 66% mais do que em fevereiro. Cada contrato de etanol hidratado corresponde a 30 mil litros.


O volume total de contratos agrícolas negociados na Bolsa somou 168,5 mil no mês passado, com queda de 20% sobre março de 2010.
O volume financeiro subiu para R$ 5,2 bilhões, com alta de 22% sobre igual período do ano passado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário