LUIZ CARLOS CORRÊA CARVALHO
ESPECIAL PARA A FOLHA
O etanol vem batendo recordes na produção e na demanda. Em cinco anos, a taxa de crescimento anual da oferta de cana foi de 10,5%, e a do álcool, de 12%. A taxa anual de crescimento da demanda de etanol no mercado interno foi de 13%.
São números impressionantes, ainda mais expressivos quando nos lembramos da crise de 2008, que secou o crédito, após os baixos preços de 2006 e 2007. A consequência foi o endividamento, que acelerou o processo de concentração setorial.
O efeito dos carros flex expandindo a procura por álcool foi a base do grande crescimento da oferta e de plantas novas até 2008. A partir daí, a implantação de novas indústrias ("greenfields") de etanol recuou.
O canavial sofreu, após 2008, com menos investimentos em plantios e menor uso de tecnologia, o que gerou seu envelhecimento e afetou a produtividade. A safra úmida de 2009 impossibilitou a normal moagem.
A partir deste ano, há o desafio da recuperação dos plantios e adequados tratos culturais (como adubação) com o processo de concentração, para os quais os preços atuais são estimulantes.
Esses preços mais altos do etanol elevam o consumo da gasolina e reduzem as exportações, criando as condições para acelerar a volta ao equilíbrio do balanço oferta-demanda com os investimentos na produção existente e em novos "greenfields".
Houve crescimento efetivo dos custos de produção e a redução da capacidade competitiva com a alta do real. Há um acúmulo de anos com pouca rentabilidade no setor.
É momento de estimular a oferta, com a compreensão dos fatos que levaram ao aperto atual dos estoques.
ESPECIAL PARA A FOLHA
O etanol vem batendo recordes na produção e na demanda. Em cinco anos, a taxa de crescimento anual da oferta de cana foi de 10,5%, e a do álcool, de 12%. A taxa anual de crescimento da demanda de etanol no mercado interno foi de 13%.
São números impressionantes, ainda mais expressivos quando nos lembramos da crise de 2008, que secou o crédito, após os baixos preços de 2006 e 2007. A consequência foi o endividamento, que acelerou o processo de concentração setorial.
O efeito dos carros flex expandindo a procura por álcool foi a base do grande crescimento da oferta e de plantas novas até 2008. A partir daí, a implantação de novas indústrias ("greenfields") de etanol recuou.
O canavial sofreu, após 2008, com menos investimentos em plantios e menor uso de tecnologia, o que gerou seu envelhecimento e afetou a produtividade. A safra úmida de 2009 impossibilitou a normal moagem.
A partir deste ano, há o desafio da recuperação dos plantios e adequados tratos culturais (como adubação) com o processo de concentração, para os quais os preços atuais são estimulantes.
Esses preços mais altos do etanol elevam o consumo da gasolina e reduzem as exportações, criando as condições para acelerar a volta ao equilíbrio do balanço oferta-demanda com os investimentos na produção existente e em novos "greenfields".
Houve crescimento efetivo dos custos de produção e a redução da capacidade competitiva com a alta do real. Há um acúmulo de anos com pouca rentabilidade no setor.
É momento de estimular a oferta, com a compreensão dos fatos que levaram ao aperto atual dos estoques.
LUIZ CARLOS CORRÊA CARVALHO é vice-presidente da Abag (Associação Brasileira de Agribusiness) e diretor da Canaplan Consultoria Técnica Ltda.
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