O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), do Ministério da Ciência e Tecnologia, assinaram hoje, no Rio, acordo de cooperação técnica de R$1 bilhão para execução do Plano Conjunto de Apoio à Inovação Tecnológica Industrial dos Setores Sucroenergético e Sucroquímico (PAISS).
Os recursos serão liberados entre 2011 e 2014, dentro das linhas e programas já existentes nas duas instituições.
"O acordo é um esforço conjunto das duas instituições de enfrentar o desafio tecnológico dos biocombustíveis de segunda geração, para manter nossa liderança e colocar o país mais próximo ou a fronteira de criação tecnológica de pesquisas nestas áreas", indicou o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.
O novo programa é para o período 2011-2014 e seu objetivo é fomentar projetos que visem o desenvolvimento, a produção e a comercialização de novas tecnologias industriais destinadas ao processamento da biomassa proveniente da cana-de-açúcar.
"As pesquisas que hoje ainda são necessárias na área de primeira geração, onde o Brasil é altamente competitivo, permitem um aumento de produtividade na ordem de 4% ao ano. Nas áreas de segunda geração, há uma competição internacional entre os países para ver quem vai ser o mais ou o menos competitivo e estas pesquisas podem permitir que a cheguemos em até 50% o aumento no incremento de competitividade ao ano, o que significa um salto de qualidade gigantesco. Não esta claro ainda quais serão as nações que dispontarão neste cenário, mas o Brasil tem muitas vantagens. Logo, temos que investir nisso e acredito que este acordo irá impulsionar a pesquisa e o desenvolvimento nessas áreas de segunda geração no país", explica o presidente da FINEP, Glauco Arbix.
Os investidores poderão obter financiamento dentro das diversas linhas e programas do BNDES e da FINEP, de acordo com as características dos projetos, incluindo participação societária por intermédio da BNDESPAR.
O programa contará com três linhas temáticas: o Bioetanol de 2ª geração; novos produtos de cana-de-açúcar, incluindo o desenvolvimento a partir da biomassa da cana por meio de processos biotecnológicos; e gaseificação, com ênfase em tecnologias, equipamentos, processos e catalisadores.
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