quarta-feira, 14 de setembro de 2011

ENERGIA DO BAGAÇO

Ainda com baixa participação no total da geração de energia elétrica no Brasil, a bioeletricidade deve seguir sem destaque nos próximos leilões devido à dificuldade que o setor enfrenta para oferecer preços competitivos.
Energia produzida nas centrais de cogeração a partir da biomassa da cana, a bioeletricidade representa hoje mais de 5% da geração no país, segundo a Cogen (associação do setor de cogeração).
A capacidade de geração instalada no país, vinda do bagaço de cana, é hoje de 6.083 MW, distribuída em 692 unidades geradoras
.
Há potencial de crescimento, mas, nos últimos leilões de energia, o volume total de bioeletricidade cadastrado foi de 4.580 MW e o montante comercializado, de 177 MW apenas, segundo a Cogen.
O baixo resultado é atribuído aos preços, que ainda não conseguiram se tornar competitivos com outras fontes.
"Estamos em diálogo com órgãos do governo para ajudar a desonerar a cadeia produtiva e propiciar financiamentos. A eólica já tem desoneração fiscal", afirma Newton Duarte, da Cogen.
A biomassa compete com a energia eólica, que tem registrado bons resultados nos últimos anos. O setor tem a seu favor as grandes empresas de equipamento, que, com as crises na Europa e nos EUA, voltaram suas atenções ao Brasil, segundo Cristopher Vlavianos, da Comerc.
Cerca de 80% do custo de implementação dos projetos de eólica está no equipamento, segundo ele.
"O momento é favorável, pois os fabricantes estão facilitando as vendas. A bioeletricidade não leva essa vantagem, porque sua composição de custos é bem diferente, envolve outros fatores."
O tema será tratado no Enase (encontro de agentes do setor), no Rio, em outubro.

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