'De forma complementar estudamos a produção de pellets, a produção de biocombustíveis e a geração de bionergia', afirmou o presidente da empresa
SÃO PAULO - O novo presidente da Fibria, Marcelo Castelli afirmou que a companhia estuda ingressar em áreas complementares à atividade de produção de celulose. Uma das oportunidades em vista é o segmento de bioenergia, a exemplo de sua principal concorrente, a Suzano Papel e Celulose. "De forma complementar estudamos a produção de pellets, a produção de biocombustíveis e a geração de bionergia", afirmou o executivo em coletiva de imprensa encerrada há pouco.
Embora demonstre interesse em outras formas de aproveitamento do eucalipto, o executivo disse que não há decisão tomada até o momento. Ele citou, como exemplo, a possibilidade da Fibria ingressar no mercado de pellets. De acordo com Castelli, a companhia tem sido procurada por outras empresas para que ingresse nesse segmento. Contudo, a visão da Fibria é de que esse mercado ainda não está suficientemente maduro, fortemente dependente de subsídios dos governos, especialmente na Europa. "Esse é o momento de analisar, mas talvez não de entrar. O mercado precisa se tornar um pouco mais regulado", explicou.
Caso opte por ingressar no mercado de bioenergia, a companhia já dispõe, inclusive, de uma base florestal que poderia ser usada para esta finalidade. Trata-se do projeto Losango, localizado no Rio Grande do Sul, que já tem 58 mil hectares de eucaliptos plantados em uma área total pouco superior a 100 mil hectares.
Segundo Castelli, inicialmente esse projeto seria vendido pela companhia dentro de processo de reestruturação após a fusão entre VCP e Aracruz, que resultou na Fibria. Porém, diante da procura do mercado por bionergia, a estratégia de venda pode ser descartada. "A decisão estratégica sobre o ativo será tomada em setembro deste ano. Temos intenção de vender o ativo, mas antes de perseguir isso, vamos perseguir a geração de caixa", afirmou, cogitando que a companhia pode fazer parcerias no segmento de bioenergia. Castelli descartou, porém, a possibilidade da Fibria se associar a Suzano para investir em bionergia.
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