segunda-feira, 11 de julho de 2011

Bahia atrai multinacionais e vira polo de produção de energia eólica

Multinacionais da área de energia eólica têm desembarcado atrás dos bons ventos baianos e de incentivos para desenvolver a cadeia produtiva do setor.
A GE (General Electric) negocia a instalação de uma fábrica na Bahia.
"A GE está se preparando para ter uma nova planta de eólica no país e há uma grande tendência de que ela seja construída no Estado", afirma o diretor-executivo da Associação Brasileira de Energia Eólica, Pedro Perrelli.
A empresa chegou a agendar reunião no dia 14 deste mês com o governador Jaques Wagner (PT) para bater o martelo na decisão de investir cerca de R$ 50 milhões, mas cancelou o encontro.
A companhia nega que esteja em "negociação concreta para construção de nova fábrica", mas afirma "observar atentamente as oportunidades para a expansão de seus negócios no Brasil".
A espanhola Gamesa inaugurou na sexta-feira passada suas instalações no Estado, enquanto a francesa Alstom estreia até o final deste ano uma planta para fazer turbinas eólicas na Bahia.
Segundo a secretaria baiana da Indústria, Comércio e Mineração, cinco empresas do setor negociam a instalação de unidades no Estado.
Com 18 projetos contratados em 2009 e 16 em 2010, a Bahia vai oferecer uma potência de 977,7 MW já nos próximos anos. Foram cadastrados mais de 2.000 MW para este ano.
"As empresas querem produzir equipamentos perto de onde se vai gerar energia eólica. Daí o interesse na Bahia, que é o maior PIB da região Nordeste", diz o secretário James Correia.

EFEITO LIMITADO
As recentes medidas do governo para tentar restringir a entrada de moeda estrangeira tiveram pouco efeito, segundo a Tendências Consultoria. A redução das entradas de capital pode ter sido só reflexo de uma antecipação no primeiro trimestre. Havia expectativa de colocação de barreiras no curto prazo, o que pode ter incentivado investidores a antecipar remessas ao país e levado à queda nas entradas. "Agora, com o dólar baixo, o governo voltou a cogitar medidas, mas não vemos grandes opções", diz o economista Silvio Campos Neto. "Soluções drásticas podem prejudicar a imagem do país." 

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