sexta-feira, 5 de novembro de 2010

LDC-SEV nega rumor de venda e prevê crescer no País


     RIBEIRÃO PRETO, SP - Um ano após a maior incorporação do setor sucroalcooleiro no País, a LDC-SEV procura se desvencilhar dos rumores do mercado de que sua acionista majoritária, a francesa Louis Dreyfus Commodities, venderia as operações brasileiras em açúcar e etanol, avaliadas em US$ 4 bilhões. "Isso é completamente infundado. A Dreyfus tem claramente um compromisso forte com a verticalização das operações e em aumentar a participação na cadeira de valor", afirmou Bruno Melcher, presidente da LDC-SEV. "Tem ainda um compromisso forte com a América do Sul e, especificamente, com o Brasil; claramente queremos crescer", completou.
     Segunda maior processadora de cana-de-açúcar do Brasil, com 40 milhões de toneladas previstas para serem moídas em suas 13 usinas, a LDC-SEV produzirá, nesta safra, 2,5 milhões de toneladas de açúcar, 1,5 bilhão de litros de etanol e devem gerar 1 gigawatts (GW) de energia. Os dados não incluem a participação de 25% da LDC na Tropical Bioenergia, usina em Goiás comandada pela British Petroleum (BP). O desejo de venda da fatia pelos franceses da Louis Dreyfus na Tropical só teria alimentado os boatos de que família acionista da companhia teria a intenção de optar pelo comércio de commodities em detrimento da produção.
     Fontes do setor consideram que poucos compradores teriam capacidade de bancar uma aquisição como a LDC-SEV - oriunda da Louis Dreyfus Commodities Bioenergia e da Santelisa Vale. Segundo Melcher, desde 2000, quando a Louis Dreyfus Commodities comprou a Usina Cresciumal, em Leme (SP), a empresa cresceu 38% ao ano em um setor que avançou 10% anualmente.
     Com fusões, aquisições e construções de novas unidades, a LDC-SEV é dona ou acionista majoritária em sete unidades em São Paulo, uma em Minas Gerais, três em Mato Grosso do Sul e duas no Nordeste. Das usinas paulistas, cinco foram adquiridas junto à Santelisa Vale, nas quais a LDC tem 60% de participação.
     O presidente da LDC-SEV reafirma que "é consenso que o setor precisa dobrar de tamanho no Brasil nos próximos dez anos e nós queremos continuar crescendo", disse. "Temos uma estrutura financeira e de gestão que nos permite colocar numa posição de consolidador e sempre observamos (possíveis negócios), pois os movimentos são intensos", completou.
Fonte: Estado de S. Paulo

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