terça-feira, 18 de outubro de 2011

Setor sucroalcooleiro puxa queda de emprego na indústria paulista

Das seis mil vagas fechadas em setembro, 2.028 correspondem ao setor sucroalcooleiro

O setor produtivo paulista registrou queda de 0,23% em setembro, o equivalente a seis mil postos de trabalho.
Segundo os dados divulgados pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) nesta quinta-feira (13/10) setembro é o pior mês da série histórica.
A retração no quadro de empregos da indústria paulista já era esperada pela Fiesp motivado pela diminuição da demanda e principalmente pela substituição de produtos industrializados por importados.
"Já esperávamos isso antes desse episódio mais agudo da crise na Europa. Sem ajuste, esse é o primeiro setembro negativo da série que começou em 2006", explicou André Rebelo, assessor de assuntos estratégicos da presidência da Fiesp.
Do total de vagas fechadas, 2.028 correspondem ao setor sucroalcooleiro, o qual apresentou queda de 0,08% em setembro e uma variação negativa de 1,92% no acumulado do ano, com o fechamento de 49.532 postos.
"Esse ano tivemos alguns problemas climáticos, a produção de cana apresentou quebra na ordem de 10% a 15%, e estamos terminando a safra antecipadamente, por isso temos um efeito mais negativo no emprego do que nos outros anos", avaliou Rebelo.
Os demais setores registraram, no entanto, resultado positivo de 5,79%, gerando 149.532 novos postos de trabalho no acumulado do ano.
No acumulado do ano foram geradas 100 mil vagas, o que representa um crescimento de 3,87% de janeiro a setembro.
"A expectativa é que o ano encerre em torno de 0,5% ou próximo de zero", destaca Rebelo.

Um comentário:

  1. Sobre o agravamento da crise financeira mundial, é estimado que os efeitos dessa piora serão sentidos no longo prazo, na medida em que os contratos de exportação sejam cancelados, os bancos fiquem mais restritivos nas operações de crédito por proteção, como ocorreu na crise de 2008.
    Acredito que esse movimento pode ocorrer com menor intensidade e de forma mais diluída no tempo. Não virá tudo de uma vez como foi em 2008. Por enquanto não há sinais de descontinuidade das operações de exportação e nem manifestações de dificuldades de credito externo. Assim, ainda não podemos falar de efeitos diretos e concretos da crise na atividade industrial e no emprego. Eu acompanho toda essa crise tentando buscar explicação para o motivo de eu esta desempregado a mais de 6 seis meses. Eu só passei por uma situação igual a essa no final de 2002 e inicio de 2003 quando dava inicio da guerra do Iraque.

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