O crescimento da importância do segmento de açúcar e álcool nos negócios da francesa Louis Dreyfus faz parte da busca da multinacional por uma espécie de "reinvenção" do negócio em âmbito mundial. O grupo surgiu há mais de 150 anos como um pequeno negócio de compra e venda de trigo em Alsácia, interior da França. Atualmente uma das maiores tradings de commodities agrícolas do mundo, e ainda controlada por um núcleo familiar, a Louis Dreyfus vem estudando mundialmente uma mudança radical de titularidade, segundo matéria do "Financial Times" publicada no mês passado pelo Valor. A discussão passa pelo acesso ao mercado de capitais, por meio de uma oferta pública inicial de ações, ou pela venda de uma participação a investidores de longo prazo. O Brasil, além da Ásia e de outros mercados emergentes, não fogem à nova visão global da companhia. A empresa discute dar mais espaço aos investimentos em ativos de produção, que são mais rentáveis mas também são mais intensivos em capital. Foi o que ocorreu com a compra da participação de 60% na paulista Santelisa Vale, que culminou com a criação da LDC-SEV, que já tem anunciados planos de ir à bolsa no Brasil. Por estar em período de silêncio, o CEO da LDC-SEV, Bruno Melcher, não fala sobre quando isso vai ocorrer, mas tudo indica que a empresa pode liderar uma nova onda sucroalcooleira da bolsa.
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